quarta-feira, 6 de maio de 2009


O mito da caverna, é também chamado de Alegoria da Caverna, ou Os prisioneiros da Caverna ou menos comumente de A Parábola da Caverna.
Foi escrito a mais de 2.500 anos, pelo filósofo Platão no livro VII da sua obra República.
É uma parábola criada por Platão para explicar o papel do conhecimento na vida do homem.
O mito fala de uma caverna separada do mundo por um muro alto.A única luz que entra nela é através de uma fresta, portanto os homens vivem ali na quase completa escuridão.
Estes homens estão ali presos e não podem mover-se, apenas vêem as sombras que se projetam na parede. Abaixo do muro, do lado de dentro da caverna, há um fogo que ilumina vagamente o interior sombrio e faz com que as coisas que se passam do lado de fora sejam projetadas como sombras nas paredes do fundo da caverna. A única coisa que eles vêem são as sombras e não propriamente a realidade das coisas como elas são. Eles não vêem bem nem os outros e nem a si próprios.
Um dos prisioneiros, decide abandoná-la. Fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. De inicio, move a cabeça, depois o corpo todo; a seguir, avança na direção do muro e o escala. Enfrentando os obstáculos de um caminho íngreme e difícil, sai da caverna. Primeiro ele sofre pela luminosidade do sol fora da caverna, mas depois começa a se maravilhar com tudo que pode ver lá fora. Encanta-se, tem a felicidade de ver as próprias coisas, descobrindo que estivera prisioneiro a vida toda e que em sua prisão vira apenas sombras. Depois disso, desejará ficar longe da caverna para sempre e lutará com todas as forças para jamais regressar a ela. Este homem quer retornar a caverna e convencer aos outros a saírem também de lá. Só que os demais prisioneiros zombam dele, não acreditando em suas palavras e, se não conseguem silenciá-lo com suas caçoadas, tentam fazê-lo espancando-o. Se mesmo assim ele teima em afirmar o que viu e os convida a sair da caverna, certamente acabam por matá-lo.

Parece que muitas mães se contentaram em viver nas sombras do passado ,presas a um arcaico conceiro de maternidade, privadas de todas as maravilhas desta função que a natureza nos oferece: Ser Mãe.

A maioria se espelha na imagem refletida de seus antepassados, não se vêem enquanto mães, não enxergam seus filhos. E o pior, projetam nos seus filhos suas culpas traumas e incertezas. E um enorme fardo como se a maternidade fosse somente abnegação e trabalho duro.

Não procuram ver os filhos sob a luz do próprio instinto porque tem medo de amá-los demais e e com isso perderem o controle materno.

A resposta para muitas questões está bem dentro delas mesmas, nos braços, nos olhos, no toque, no time da relação amorosa entre mãe e filho.Essa relação de cumplicidade, amor e segurança é o terreno sobre o qual serão construídos os valores, a educação.Mas quem está acorrentada a preconceitos e não busca informação, não ve além daquilo que acha que é certo, porque viu os outros fazerem, porque assim o fizeram com ela própria. Poderiam voar, mas preferem rastejar.


A natureza infantil é belíssima, ser mãe é uma dádiva, descobrir a maneira mais adequada de extrair o magnífico potencial de uma criança e ver ali surgir um mundo novo a cada dia, é inenarrável.


Quando uma mãe descobre essa vida, além da caverna, ela se encanta e quer compartilhar, mas não faltará quem a chame de indolente e perniciosa, porque o povo está habituado com as sombras.


Não é de estranhar este fato. É preciso quebrar o paradigma da mãe perfeita, da criança manhosa, do colo excessivo, da boa surra e tantos outros mitos que envolvem a maternidade.

Quem enxerga só sombras pode ver bicho de sete cabeças onde não há. Se detém pelo medo e deixa de viver um monte de coisas e de proporcionar a seus filhos, pequenos momentos que durarão para sempre.


Em primeiro lugar é preciso entregar-se .

Criamos os nossos filhos pro futuro, com certeza, mas a melhor opção e fazê-los crianças felizes , porque assim se tornarão adultos com vocação a felicidade.

Certamente ser mãe não é só delícias, mas pode ser belo.

Quem tem medo de voar, não aprecia a paisagem, quem vive na escuridão , só passou pela vida e não viveu.

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