sábado, 23 de maio de 2009


BULLYING E AUTO-ESTIMA

Segundo o Cambridge Dicionary, “bullying” quer dizer “maltratar ou ameaçar alguém menor ou menos poderoso, forçando-o a fazer algo que não quer.As ações violentas e humilhantes são dirigidas a qualquer um que seja “diferente”.
O que propicia tal comportamento é a perda vigente dos limites, as más condições de vida, o péssimo relacionamento familiar e social, o culto ao materialismo exacerbado, fatores que não levam em consideração os outros.
Filhos sem limites vão buscar na droga, no álcool, na anorexia, no exibicionismo, na valentia, um modo de cancelar a realidade.
O Bullying ocorre até no recesso do lar, na agressão do marido à mulher, no pátrio poder confundido com poder absoluto.Por isso é importante abordar este assunto também no ambiente doméstico.Porque é ali que tudo começa.
Todos nós somos responsáveis pelo bullying ao pensar só nos nossos filhos e não nas outras crianças, ao estimular a competição acirrada e impiedosa, por padrões materiais e de aparência.
Porque enchemos nossos filhos de coisas, mas não lhes damos noções de solidariedade. (OLIVEIRA, 2007, p.26)
No caso do Bullying escolar, cabe-nos pensar que o aluno atingido poderia ser o nosso filho. E ensiná-los a se colocar no lugar do outro. Mostrar que as pessoas são diferentes, e isso é muito bom, que chatice, se todo mundo fosse igual.Os valores que lhes passamos desde pequenos é que os farão saber que uma pessoa não é a marca de roupa que usa, a sua estatura, ou seu peso. Que há limites entre a brincadeira e a ofensa. Que ninguém precisa humilhar o outro para se autoafirmar.
Trabalhar a auto-estima de nossos filhos, é importante para que aprendam a se defender, quando forem eles, as vítimas.E para que nunca sintam a necessidade de menosprezar ou coagir os outros para se sentirem importantes.
Por isso a importância, do elogio, do abraço, da valorização de cada particularidade e do potencial de cada um.
Isso se consegue reservando um tempo para os filhos, respeitando suas opiniões e legitimando seus sentimentos.Também valorizando as diferenças e peculiaridades dos outros.
Ao corrigí-los devemos evitar generalizações,como: “Você não faz nada direito”.E sempre iniciar o diálogo pelos pontos positivos e depois passar ao que poderá ser melhorado e trabalhado.Assim ela enxergará suas qualidades e a perspectiva de que pode evoluir ainda mais, para seu próprio bem, para se sentir feliz, porque ele é merecedor do melhor.
Na escola , ou em outro lugar a criança pode ser vítima de rejeição, humilhação ou isolamento, mas ela precisa saber que tem um lugar no mundo que é seu, e lá ela é amada, isso será fundamental, para que ela se reconstrua e se veja como alguém além das aparências ou das condições sociais, que podem a tornar diferente de um grupo ou mesmo da maioria. Ela deve saber que é mesmo única, porque é especial.
Os pais devem abrir espaço para que esses filhos possam se expressar, e ficar atentos a sinais de comportamento agressivo ou depressivo. Procurar a escola e exigir que a direção tome providências, afinal é papel dela também promover a inclusão social e psicológica. E se preciso for, recorrer à ajuda profissional.
O Caminho é este: uma educação dentro da família, uma conscientização reforçada pelos valores, como o respeito, dentro das instituições de ensino, que proporcione mais conhecimento e preserve a saúde psicológica prevenindo este mal.
Afinal, Bullying, pode ser encarado por muitos como um brincadeira, mas tem nada de graça e inocência para quem sofre.


Referência
OLIVEIRA, Thelma B.. O Olho do Tempo.Bauru, SP, 2007.

Autora: Neyva Daniella Souza
Estudante de Pedagogia da Uniasselvi

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